sábado, 7 de julho de 2012

Márcio Lacerda: "eu pensei nos interesses da cidade. Eu quero fazer o melhor para Belo Horizonte".

Na íntegra - Jornal O Tempo: Sem paletó e gravata, com as mangas da camisa dobradas e óculos de sol. Assim o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), vistoriava a obra da avenida Antônio Carlos, em frente do Hospital Belo Horizonte, por volta das 12h30 de ontem. E foi lá que ele recebeu a reportagem de O TEMPO para falar sobre a reviravolta que o processo eleitoral teve na capital mineira.

Questionado se ele sempre visitava pessoalmente as obras no horário de almoço, respondeu que é preciso acompanhar de perto, mas explica que recebeu reclamações sobre dificuldades para travessia de pedestres e, por isso, fez questão de verificar pessoalmente. Vistoriada a obra, Lacerda deu algumas ordens para a pequena equipe que o acompanhava e decidiu continuar a entrevista dentro do carro: "a gente vai falando no caminho de volta para a prefeitura".

A primeira pergunta é a mais óbvia: prefeito, como o senhor explica essa reviravolta? "Vou te contar desde o começo. É uma história que eu vou escrever mais tarde, mas decidi falar para O TEMPO". De maneira muito calma, ele começa a explicar a aliança feita em 2008. Diz que naquele momento, as lideranças de vários partidos buscavam alternativas de recomposição partidária. Aécio Neves e Fernando Pimentel queriam apoiar um candidato que aprofundasse a relação entre a prefeitura e o governo estadual. "O objetivo era dar um caráter mais técnico e profissional", afirma. Mas conta que, logo no começo do governo, teve problemas com o seu vice-prefeito, Roberto Carvalho (PT). "Ele tinha uma estrutura com cerca de 40 pessoas. Falei para ele aproveitar isso para trabalhar a questão da juventude, da região metropolitana e dos empregos". Garante, porém, que nunca teve uma resposta sobre essas demandas.

Apesar disso, o prefeito afirma que a equipe do PT que estava na prefeitura até agora, no rompimento da aliança, era muito competente e dedicada.

Voltando a falar sobre Roberto Carvalho, Lacerda explica que seu vice já estava trabalhando para ser candidato desde 2008 e sem preocupação de esconder o seu propósito. Mas, para o prefeito, a tensão se agravou após a eleição de 2010, quando houve uma grande polarização entre PT e PSDB. "Eu apoiei Dilma", destacou. Lembra que ajudou a criar um comitê em Belo Horizonte para ali mobilizar os prefeitos. E repete de forma enfática: "Eu estava com Dilma no primeiro e segundo turnos. No começo, os petistas nem queriam ir para lá, alegando que eu estava fazendo o Dilmasia. Mas no segundo turno, o comitê funcionou muito bem. Eu apoiei Dilma, e Pimentel para o Senado".

Lacerda avalia que, naquele momento, a polarização foi tão grande que ele reconhecia que seria muito difícil reeditar a aliança. Mas, segundo o prefeito, com o tempo, os ânimos se acalmaram e, em meados de 2011, ele começou a conversar sobre a aliança com lideranças do PT e PSDB.
A ideia era repetir a coligação e manter a vaga de vice com o PT. "Conversei com o senador Aécio Neves, falei para ele que o vice tinha que ser do PT, e ele concordou, avaliou que era possível vender essa tese para a turma dele". Diz que conversou também com o ex-presidente Lula e o presidente do PT nacional, Rui Falcão, que também concordaram com a reedição da aliança. Segundo o prefeito, naquele momento, os próprios petistas reconheciam que Roberto Carvalho não tinha estatura para ser o prefeito de Belo Horizonte e até evitavam o vice-prefeito, que continuava articulando a sua candidatura.

A partir daí começou a discussão sobre o nome para a vaga de vice. "O PT quis colocar o Roberto de vice. Mas isso não dava para aceitar. Mas o Roberto é o presidente do PT municipal, foi uma espécie de prêmio de consolação que ele ganhou. E ele deixou o PT municipal do jeito dele. Deixaram ele dominar a estrutura partidária", fala de forma enfática.

De acordo com o prefeito, na negociação com Rui Falcão, em dezembro de 2011, foi pedido tempo de TV na campanha para o candidato a vice do PT pedir voto para os vereadores. Ele explica que a carta assinada pelo presidente do PSB, Walfrido Mares Guia, fala apenas em negociar com todos os partidos sob condições a serem acertadas. "Pedimos a lista dos nomes dos candidatos para tentar fazer uma composição, mas a lista não nos foi entregue. Falamos que os vereadores tinham que também fazer campanha para o prefeito, mas também não concordaram".

O prefeito diz que desde maio tenta um entendimento entre as partes e, para isso, procurou Aécio e o ex-ministro Ciro Gomes. "O PT entendeu que o senador Aécio queria o rompimento da aliança. Mas não foi isso. O senador Aécio Neves apenas disse a mim e ao Ciro que não era possível o PSDB aceitar a proporcional com o PT, já que os petistas tinham a vaga de vice".
Lacerda conta ainda que em abril deste ano ficou com a "faca no pescoço". "Eu já falei isso. Eu me senti como aquele filho de pais que se separam e ficam, cada um, puxando o menino para o seu lado", compara em tom de reclamação.

O prefeito aproveita para reconhecer um erro. "Eu não aceitei o rompimento em abril. Foi o meu erro. Talvez tivesse sido melhor não tentar o entendimento até o último momento. Fiz isso pensando na cidade. Pedi ajuda para as principais lideranças nacionais do PT, do PSB e do PSDB".

Questionado se ele se sentia usado pelo PT e pelo ministro Fernando Pimentel, Lacerda conta uma historinha. "Durante essas negociações, meu amigo Fernando Pimentel me disse que eu tinha que entender que eu era um peão no tabuleiro do jogo. Um peão. Eu ainda brinquei: nem um cavalo?", conta, com um sorriso sem graça.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Suspeitos em escândalos não apoiam criação de CPI; veja lista:


GABRIELA GUEREIRO
DE BRASÍLIA
A lista dos deputados e senadores que não assinaram o pedido de criação da CPI do caso Cachoeira traz deputados que são réus no processo do mensalão e parlamentares envolvidos em escândalos.
Os presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), também não assinaram o requerimento lido ontem no plenário do Congresso, criando oficialmente a Comissão Parlamentar de Inquérito.
No total, 396 deputados e 72 senadores apoiaram a abertura da CPI --entre eles os quatro deputados suspeitos de envolvimento no esquema de Cachoeira: Sandes Júnior (PP-GO), Rubens Otoni (PT-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).
A CPI vai investigar as informações obtidas pela Polícia Federal, por meio das operações Vegas e Monte Carlo sobre jogos de azar, que indicam o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira.
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde a processo no Conselho de Ética do Senado por suspeita de envolvimento com Cachoeira, não assinou o pedido de CPI.
Entre os réus do mensalão, os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) não assinaram o pedido. O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu, também não está na lista dos que assinaram.
O ex-ministro também é réu do mensalão, além de ter prestado consultoria à empresa Delta --citada pela Polícia Federal no escândalo que teria Cachoeira em seu comando.
Outro que não assinou foi o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), suspeito de envolvimento no mensalão mineiro.
Os deputados Sérgio Morais (PTB-RS) e Jaqueline Roriz (PMN-DF), envolvidos em recentes escândalos, também não assinaram o pedido. Morais ficou conhecido por afirmar que se "lixava" para a opinião pública, enquanto Roriz escapou de processo de cassação depois de aparecer em vídeo recebendo pacote de dinheiro de Durval Barbosa, delator do esquema do mensalão do DEM.
Veja abaixo a lista de quem não assinou o requerimento de criação da CPI
Deputados que não assinaram: (117 no total)
Acelino Popó - PRB BA
Adrian - PMDB RJ
Aelton Freitas - PR MG
Alex Canziani - PTB PR
Anderson Ferreira - PR PE
André Zacharow - PMDB PR
Aníbal Gomes - PMDB CE
Antônia Lúcia - PSC AC
Antonio Brito - PTB BA
Antônio Roberto - PV MG
Aracely De Paula - PR MG
Arlindo Chinaglia - PT SP
Arnon Bezerra - PTB CE
Aureo - PRTB RJ
Beto Mansur - PP SP
Bruna Furlan - PSDB SP
Carlos Magno - PP RO
Celia Rocha - PTB AL
Cida Borghetti - PP PR
Cleber Verde - PRB MA
Damião Feliciano - PDT PB
Davi Alves Silva Júnior - PR MA
Dimas Fabiano - PP MG
Dr. Adilson Soares - PR RJ
Edivaldo Holanda Junior - PTC MA
Eduardo Azeredo - PSDB MG
Elcione Barbalho - PMDB PA
Eliene Lima - PSD MT
Eros Biondini - PTB MG
Eudes Xavier - PT CE
Fábio Faria - PSD RN
Felipe Bornier - PSD RJ
Francisco Floriano - PR RJ
Francisco Praciano - PT AM
Giacobo - PR PR
Gladson Cameli - PP AC
Guilherme Mussi - PSD SP
Heleno Silva - PRB SE
Hermes Parcianello - PMDB PR
Hugo Napoleão - PSD PI
Inocêncio Oliveira - PR PE
Janete Capiberibe - PSB AP
Jaqueline Roriz - PMN DF
Jefferson Campos - PSD SP
João Carlos Bacelar - PR BA
João Leão - PP BA
João Lyra - PSD AL
João Pizzolatti - PP SC
Joaquim Beltrão - PMDB AL
Jorge Boeira - PSD SC
Jorge Corte Real - PTB PE
José Carlos Araújo - PSD BA
José Chaves - PTB PE
José Linhares - PP CE
José Otávio Germano - PP RS
José Priante - PMDB PA
José Rocha - PR BA
Jose Stédile - PSB RS
Josué Bengtson - PTB PA
Júlio Cesar - PSD PI
Junji Abe - PSD SP
Lael Varella - DEM MG
Laercio Oliveira - PR SE
Lauriete - PSC ES
Luciano Castro - PR RR
Lúcio Vale - PR PA
Luis Tibé - PTdoB MG
Luiz Carlos - PSDB AP
Luiz Nishimori - PSDB PR
Magda Mofatto - PTB GO
Mandetta - DEM MS
Manoel Junior - PMDB PB
Manoel Salviano - PSD CE
Marçal Filho - PMDB MS
Marcelo Aguiar - PSD SP
Márcio Reinaldo Moreira - PP MG
Marco Maia - PT RS
Mário De Oliveira - PSC MG
Mauro Benevides - PMDB CE
Mauro Mariani - PMDB SC
Natan Donadon - PMDB RO
Nelson Marquezelli - PTB SP
Nelson Meurer - PP PR
Nice Lobão - PSD MA
Nilton Capixaba - PTB RO
Otoniel Lima - PRB SP
Paes Landim - PTB PI
Paulo Magalhães - PSD BA
Paulo Maluf - PP SP
Pedro Henry - PP MT
Penna - PV SP
Rebecca Garcia - PP AM
Roberto Balestra - PP GO
Roberto Britto - PP BA
Rogério Peninha Mendonça - PMDB SC
Ronaldo Nogueira - PTB RS
Rosinha Da Adefal - PTdoB AL
Sandro Alex - PPS PR
Saraiva Felipe - PMDB MG
Sebastião Bala Rocha - PDT AP
Sérgio Moraes - PTB RS
Silas Câmara - PSD AM
Simão Sessim - PP RJ
Taumaturgo Lima - PT AC
Toninho Pinheiro - PP MG
Valdemar Costa Neto - PR SP
Vicente Arruda - PR CE
Vilson Covatti - PP RS
Vinicius Gurgel - PR AP
Vitor Paulo - PRB RJ
Walter Tosta (PSD-MG)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wladimir Costa (PMDB-PA)
Zé Silva (PDT-MG)
Zé Vieira (PR-MA)
Zeca Dirceu (PT-PR)
Zequinha Marinho (PSC-PA)
Senadores que não assinaram: (9 no total)
Benedito de Lira (PP-AL)
Clésio Andrade (PMDB-MG)
Clovis Fecury (DEM-MA)
Demóstenes Torres (sem partido-GO)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
José Sarney (PMDB-AP)
Lobão Filho (PMDB-MA)
Sérgio Petecão (PSD-AC)

domingo, 4 de março de 2012

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DESENQUADRAMENTO DO SIMEI PARA O SIMPLES NACIONAL

Empresários têm até 31/1 para solicitar a opção pelo Simples Nacional e enquadramento no SIMEI

"Na íntegra"

As solicitações de opção pelo Simples Nacional e de enquadramento no SIMEI para empresas constituídas estão disponíveis no Portal do Simples Nacional até 31 de janeiro de 2012.

Desde o início do prazo em 2/1, 132.002 empresas pediram opção pelo Simples Nacional e 12.720 pediram enquadramento no SIMEI. A expectativa do Comitê Gestor do Simples Nacional é de que haja cerca de 200 mil pedidos de opção pelo Simples Nacional e 15 mil se enquadrem no SIMEI.

Opção pelo Simples Nacional

A solicitação de opção pelo Simples Nacional está disponível no Portal do Simples Nacional, item Contribuintes – Simples Nacional, serviço “Solicitação de Opção pelo Simples Nacional.”

No caso de não haver pendências, serão gerados o registro da opção pelo Simples Nacional e o respectivo Termo de Deferimento, automaticamente.

Caso sejam identificadas pendências, elas serão apresentadas no momento da opção, a solicitação de opção ficará em análise e o contribuinte deverá regularizar todas as pendências identificadas até 31 (trinta e um) de janeiro de 2012, não sendo necessário solicitar nova opção.

O resultado final da opção será divulgado em 15 de fevereiro de 2012, no serviço “Acompanhamento da formalização da opção pelo Simples Nacional”, item Contribuintes – Simples Nacional.

Enquadramento no SIMEI

O Empresário Individual que atenda aos requisitos para enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI), conforme definido no inciso II do artigo 93 da

Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 , poderá solicitar o enquadramento no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei).

O serviço está disponível no Portal do Simples Nacional, item Contribuintes - SIMEI, no serviço “Solicitação de Enquadramento no SIMEI”.

O serviço está disponível somente para as empresas já constituídas. Empresas novas deverão fazer a opção pelo Simei por meio do Portal do Empreendedor, no endereço eletrônico

www.portaldoempreendedor.gov.br>.

Para se enquadrar no Simei, a empresa deverá ser optante pelo Simples Nacional, obrigatoriamente. Caso não seja, será exigido que solicite previamente a opção pelo Simples Nacional.

A solicitação de enquadramento no Simei está sujeita à verificação de inexistência de impedimentos específicos para esse regime, conforme previsto na

Resolução CGSN nº 94/2011 .

Não serão gerados termos de deferimento e de indeferimento para a opção pelo Simei. O resultado final será “enquadramento confirmado” ou “enquadramento rejeitado”.